quinta-feira, 28 de maio de 2015

Wicked Lady - Psychotic Overkill (UK Hard/Psych/Proto-Doom Metal/Heavy Fuzz 1972)







Como vão??

Aqui está, conforme tinha dito que postaria!!

Segue a segunda e última compilação desse power trio da Inglaterra. Após a saída do baixista Bob Jeffries, a banda entrou em um breve hiato, mas logo voltou para o estúdio em 1972, com Del "German Head" Morley no baixo. Outro álbum que só veio ser lançado 30 anos depois da gravação.
Esse álbum foi gravado pouquíssimo tempo antes de Weaver (Vocal e Guitarra) partir para a a gravação do Dark - Round The Edges.

A pegada do som dos caras ainda é um Hard Psicodelíssimo, com riffs de guitarra e solos explodindo com Fuzz e uma pegada pesada, o que faz com que sejam classificados como Proto-Doom/Metal/Stoner Rock. Ninguém diz que esse som foi gravado em 1972, pois os caras estavam bem a frente de seu tempo com sua sonoridade. Os vocais entram em contraste com os instrumentos, pois enquanto o som é pesado, os mesmos são bem suaves e gostosos de ouvir. Contamos também com uma cover "Hardificada" de Voodoo Chile, do grande Hendrix.

 Destaque das faixas vai para I'm Freak, Tell The Truth e Sin City. Mas nunca descartando as outras. Vocês podem gostar mais delas do que as que citei. Portanto, OUÇA TUDO pra poder falar alguma coisa depois.

Em uma entrevista, Weaver conta que esses dois albuns (Wicked Lady - The Axeman Cometh e esse do post) foram gravados com uma mesa de som de 4 canais, só para saber mesmo como eram as músicas e usar de referência para se lembrar, por ser uma banda que nunca conseguiu um contrato com nenhuma gravadora e ser estritamente ao vivo, atrelada apenas a bares e pubs.

Como dito no post do outro álbum, a confusão perseguia esses caras onde quer que tocassem e raramente tocavam mais de uma vez no mesmo lugar, pois eles não estavam nem aí mesmo. O bagulho era tocar seu som e tocar o fod@-se!!

Certo dia os caras tocaram tão alto à altas horas da noite que a policia foi chamado pelos vizinhos loucos. A polícia serviu mais para segurar o dono do estabelecimento que chutava e espancava os caras da banda, por eles terem feito com que o dono perdesse a licença musical do bar.

Numa outra vez, depois de improvisarem a mesma música por mais de 30 minutos, outro dono percebeu a reação negativa do público e teve de puxar os fios da tomada para eles pararem. aUhaauh.
Várias outras histórias desse tipo da banda você encontra no post do outro álbum e no encarte do vinil.

Então segura aí!! Se você gosta de hard, psicodelia e solos improvisados, OUÇA ISSO. E SE NUM FOR OUVIR NO VOLUME MÁXIMO, NEM OUÇA!!!


DON'T MESS WITH WICKED LADY!! SHE'LL TAKE YOUR SOUL AWAY!!










Track List:


1. I'm A Freak - 5:01
2. Tell The Truth - 5:08
3. Passion - 9:29
4. Voodoo Chile (Jimi Hendrix) - 4:41
5. Why Don't You Let Me Try - 5:00
6. Sin City - 7:04
7. Ship Of Ghosts - 22:00


All songs by Wicked Lady except where stated.


Personnel:


*Del "German Head" Morley - Bass
*Dick Smith - Drums
*Martin Weaver - Guitar, Vocals

terça-feira, 26 de maio de 2015

Dragonfly - S/T (USA Heavy/Psych/Rock 1968)





Oi!!

Segue pra vocês mais uma raridade que passou muito tempo apenas servindo de assunto para os tiozinhos dos Pubs por aí. Mas pelo menos pra algo de útil a internet presta.

Dragonfly foi uma banda americana de Heavy Psychedelic Rock de Colorado, EUA. Alguns julgam o som deles como Heavy Blues Rock, mas na verdade não foge muito disso também.

Dragonfly foi usado apenas para o nome do álbum, pois esses caras nunca se apresentaram por esse nome. O nome verdadeiro da banda era The Legend e até lançaram um single "Enjoy Yourself" com esse nome, que felizmente você encontra nesse álbum.

Apenas 200 cópias desse disco foram prensadas, o que resultou no disco virar item de colecionador.

Vocais furiosos, guitarras fuzz lisérgicas, ritmo bem balançado e pegadas de Blues, Hard e Psicodelia. Isso define bem o som dos caras.

Muitos contra-tempos aconteceram para a banda gravar esse álbum. Conta-se que na época, os caras não tinham liberdade e nem o direito de gravar sua próprias composições, mesmo já tendo o material e as músicas prontas, por causa dos empresários "quadrados" que não apostaram na criatividade, inovação e competência da banda. Até que um dia, um dos empresários viu a performance desses caras ao vivo. A forma em que a banda cativou e enlouqueceu os jovens que os assistiam e a atitude e presença de palco que os integrantes tinham, fez com que ele mudasse sua opinião. Não sei se por ironia ou por simplesmente ignorar o potencial da banda, esse mesmo empresário veio perguntando por que eles não tinham dito antes que tocavam e compunham daquele jeito!! Cínico!! huaha

Outra coisa que os dificultou de gravar o álbum foi o receio dos empresários pela partida de alguns membros da banda antes, durante e pouco tempo depois da gravação. Por isso não são creditados nenhum integrante e nem se quer há fotos da banda. Depois disso tudo, a banda sofreu com a falta de recursos para promover concertos e até mesmo o álbum e acabou por se perder no tempo, como tantas outras que você encontra nesse blog.

Curte aí que o som é louco!!



THE LEGEND OU DRAGONFLY??? ISSO REALMENTE IMPORTA???













Track List:

1. Blue Monday
2. Enjoy Yourself
3. Hootchie Kootchie Man
4. I Feel It
5. Trombodo
6. Portrait of Youth
7. Crazy Woman
8. She Don't Care
9. Time Has Slipped Away
10. To Be Free
11. Darlin'
12. Miles Away

Personnel:

*Barry Davis - Drums, Vocals
*Gerry Jimerfield - Guitar, Lead Vocals
*Randy Russ - Guitar, Vocals
*Ernie Mcelwaine - Keyboards
*Jack Duncan - Bass

segunda-feira, 25 de maio de 2015

Dark - Round The Edges (UK Hard/Psych/Prog Rock 1972)





Opaa!!

Se o assunto é obscuridade, então DEVO falar desse álbum aqui. Um dos meus preferidos. Esse dificilmente sairá de minha biblioteca de vinil!!!

Dark foi uma banda de Heavy Psych/Prog da Inglaterra e esse seu único álbum oficial. Gravado e lançado entre 1971/1972. Na época só foram prensadas 60 cópias pelos próprios integrantes, para a família, amigos e tentando chamar a atenção das gravadoras. No entanto, se tornou um dos discos mais raros e consequentemente procurados e desejados pelos ávidos colecionadores de relíquias em vinil, com a prensagem original chegando a custar £$6000 (o equivalente a mais de R$ 18.000).

O som dos caras tem uma pegada até de Garage Rock dos grupos da costa oeste dos EUA, porém é mais puxado pro Rock Progressivo, contendo uma levíssima influencia de Jazz, mas com muitas passagens de improvisos com  riffs e solos de guitarra com um FUZZ MONSTROOOO que invade a mente fácil e que dá a classificação de Hard Psicodélico. Algumas faixas lembram até Fire. Outra coisa notável é a sincronia e musicalidade dos caras.

Lembra de uma outra banda chamada Wicked Lady que postei a algum tempo atrás?? Pois bem, logo depois da gravação da segunda compilação chamada Psychotic Overkill, o líder, guitarrista e vocalista Martin Weaver saiu da banda para juntar-se aos membros do Dark para a gravação desse álbum do post. Weaver também é notório pelo som Psych-Fuzz-Proto-Doom de sua guitarra na Wicked Lady e que não faz diferente no Dark. Depois disso a banda continuou fazendo shows, até infelizmente "desbandar".

Tenho a certeza de que se esses caras estivessem encontrado em seu caminho as pessoas certas para promover o álbum, eles estariam entre as mais conhecidas.

Olha, não consigo expressar aqui a MINHA OPINIÃO sobre essa banda, por ser uma banda que gosto muito e que quando vou ouvir, já rolou o lado A inteiro do disco sem eu perceber. Logo em seguida já rolou o lado B e fico procurando mais lados no vinil, pelo som ser muito louco e me deixar querendo mais. Mas posso dizer que o som dos caras é PANCADA. Quem gosta de Heavy Rock em geral dos anos 70, DEVE OUVIR ISSO!!!


Em breve postarei uma compilação que seria "sobras de estúdio" das sessões que rolaram na época de "Round The Edges". Há algumas faixas inéditas. Portanto se gostarem desse, aguardem que aí vem mais DARK!!!!



AQUI AQUI AQUI AQUI AQUI TEM SOM LOUCOOOO!!!!











Track List:

01. Darkside 7:56
02. Maypole 5:00
03. Live for Today 8:04
04. R. C. 8 5:03
05. The Cat 5:19
06. Zero Time 6:47
07. In the Sky (Bonus Track) 4:14
08. Wasting Our Time (Bonus Track) 4:56
09. Could Have Sworn (Bonus Track) 4:55
10. Maypole (Bonus Track) 5:50

Personnel:

Steve Giles - Vocals, Guitar
Martin Weaver - 2nd Guitar
Ron Johnson - Bass
Clive Thorneycroft - Drums

Steel Mill - Green Eyed God (UK Hard/Prog/Psych 1972)





Eae boa gente!!


Segue pra vocês mais uma obscuridade total!!

NÃO DEVE SER CONFUNDIDA COM A BANDA DE INÍCIO DE CARREIRA DO BRUCE SPRINGSTEEN, CHAMADA STEEL MILL TAMBÉM.

Não há registros da história dessa banda na internet. A única informação que há é que o álbum foi lançado na Alemanha em 1972. Coisa estranha é que a banda é britânica e o álbum demorou 3 anos para ser lançado na Inglaterra, quando a banda já havia se desfeito. Não se sabe até hoje o motivo desse atraso em ser lançado na Inglaterra.

Em um relançamento em CD, no encarte o suposto biógrafo diz que tentou sem sucesso rastrear os integrantes pra tentar por a história da banda no álbum. Ele disse até que na British Musician Union, uma espécie de acervo onde se encontram todas informações dos músicos e bandas inglesas, não há registros da banda e nem dos integrantes, pelo fato da banda nunca ter assinado um contrato de gravação.

O som dos caras é bem louco. Algumas faixas contam com uma pegada mistica com flautas que logo é quebrada com os riffs loucos da guitarra. Ainda podemos contar com um sax fazendo uma passagens que dão um tom diferente nas faixas. DESTAQUE das faixas vai para TREADMILL, MIJO AND THE LAYING OF THE WHICH, BLOOD RUNS DEEP, SUMMERS CHILD, TURN THE PAGE OVER, GREEN EYED GOD, HAR FLEUR e BLACK JEWEL OF THE FOREST, OU SEJA, TODASSS!!! HEHHEHEHEHE!!!
Uma banda com uma sonoridade própria, mas claro que lembra algumas outras bandas da época, porém com uma peculiaridade. Mas só ouvindo pra você entender.

Não descarte nenhuma música desse álbum. Algumas começam bem lentas e com sons místicos, mas no final mudam completamente. Tenha paciência.

É isso!! Conheça e não esqueça!!! Vale muito a pena pra você que quer realmente saber o que foi o Rock e que o mesmo morreu à muito tempo atrás com essas bandas obscuras!! EU PARTICULARMENTE TENHO ESSA COMO UMA DE MINHAS PREFERIDAS!!


COM TODO O RESPEITO, BRUCE SPRINGSTEEN É O CA*#@$&!!!









Track List:


1. Blood Runs Deep (5:19)
2. Summers Child (4:24)
3. Majo and the Laying of the Witch (7:52)
4. Treadmil (4:00)
5. Green Eyed God (9:51)
6. Turn the Page Over (3:56)
7. Black Jewel of the Forest (6:13)
8. Har Fleur (0:45)
9. Get On The Line [Bonus Track] (4:14)
10. Zang Will [Bonus Track} (3:43)


Personnel:


- John Challenger / woodwinds
- Chris Martin / drums
- Dave Morris / keyboards, vocals
- Jeff Watts / bass
- Terry Williams / guitar

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Parliament - Mothership Connection (US Funk 1975)





Olha isso aqui!!



Esse é o 4º álbum da banda e considerado o melhor álbum de Funk, por ter influenciado todos os outros artistas que vieram depois desse e causado um enorme impacto tanto no Funk, como no Jazz e Rock.

Nesse álbum-conceito, Clinton começa o que viria a ser a Mitologia P-Funk e seus personagens: Starchild, Sir Nose D'voidoffunk, Lollipop Man, Dr. Funkenstein, etc. que aparecem nos próximos discos. Starchild seria o protagonista, no qual seu objetivo é fazer com que Sir Nose D'voidoffunk balance o popozão (uahuahuah). Clinton e suas loucuras de sempre.

Enfim, esse é o primeiro álbum da banda a contar com Fred Wesley e Maceo Parker, que tinham acabado de sair da banda de James Brown. Só nesses caras já se sente o peso musical deles.

Em geral, Parliament tem os mesmo integrantes de Funkadelic de acordo com a época e conta muito também com algumas composições de William "Bootsy" Collins, outro que saiu da banda de James Brown e mais tarde viria a ter um papel crucial nas composições de ambas as bandas, Parliament/Funkadelic.

Bernie Worrel como sempre, faz pirar umas cabeças com seus sintetizadores esquizofrênicos, dando uma colorida no som e fazendo nós viajarmos com seus "barulhinho".

Por mais que Funkadelic e Parliament sejam os mesmos músicos, os mesmos vocalistas e o mesmo produtor (George Clinton), o som deles é diferente e até a ideologia de uma banda pra outra também. Clinton era tão louco, que conseguiu fazer com que as duas bandas fossem completamente diferente, mesmo todos integrantes sendo os mesmos. Enquanto Parliament segue uma linha mais sólida de Funk e tem como ênfase nos vocais e metais (Sax, trombone), Funkadelic já são as guitarras psicodélicas que roubam a cena.

A segunda faixa desse disco, Mothership Connection (Starchild) foi sampleada por Dr. Dre em seu mais famoso álbum The Chronic, de 1992. Fora que centenas de Rappers famosos também samplearam, não só essa faixa mas a discografia.

Dizem que esse álbum é o melhor da banda, mas eu fico com The Clones of Dr. Funkenstein, que é o álbum seguinte desse do post.



É isso aii. Som bom pra animar qualquer ocasião.





LET'S SHAKE OUR BOOTY!!!!













Track List:


1. "P. Funk (Wants to Get Funked Up)" - 7:41
2. "Mothership Connection (Star Child)" -  6:13
3. "Unfunky UFO"  -  4:23
4. "Supergroovalisticprosifunkstication" -  5:03
5. "Handcuffs" -  4:02
6. "Give Up the Funk (Tear the Roof off the Sucker)" -  5:46
7. "Night of the Thumpasorus Peoples" -  5:10

Personnel:


Arranged By [Horns] – Bernie Worrell, Fred Wesley
Arranged By [Rhythm] – Bootsie Collins, George Clinton
Artwork – Gribbitt Management
Bass – Bootsie Collins, Cordell Mosson
Drums, Percussion – Bootsie Collins, Gary Cooper, Jerome Brailey, Tiki Fulwood
Guitar – Bootsie Collins, Gary Shider, Glen Goins, Michael Hampton
Horns – Boom, Fred Wesley, Joe Farrell, Macco Parker, Michael Brecker, Randy Brecker
Mastered By – Allen Zentz
Photography By – David Alexander
Vocals – Bootsie Collins, Calvin Simon, Fuzzy Haskins, Gary Shider, George Clinton, Glen Goins,Grady Thomas, Ray Davis

Produced by George Clinton

quarta-feira, 20 de maio de 2015

Mad Professor - Dub Me Crazy (UK Dub/Reggae 1982)





Hummm.


Muitos conhecem ou já ouviram falar de Mad Professor.

Mad Professor, nascido Neil Joseph Stephen Fraser em 1955 na Guiana, aos treze anos migrou para Londres, onde seu fascínio pela eletrônica (daí o pseudônimo Mad Professor) o levou a trabalhar para alguns estúdios como técnico de reparos de equipamentos. Com o tempo, conseguiu juntar alguns desses equipamentos e em 1979 abriu seu próprio estúdio chamado Ariwa Sounds, na sala de sua casa. Consequentemente, fundou seu próprio selo e em 1982 lança o primeiro disco gravado e produzido por ele. Ao longo do tempo, Fraser lançou centenas de discos com grandes parcerias, entre elas: Lee Perry, Scientist, Horace Andy, Sly & Robbie, Massive Attack e até o DJ brasileiro Marcelinho da Lua.

Sua franquia mais conhecida é a série de álbuns chamada Dub Me Crazy, que contém 12 álbums lançados de 1982 á 1993, produzidos, gravados e mixados por ele. Na época, ele conseguiu suporte de John Peel, um radialista, apresentador e produtor musical muito reconhecido afora e um dos primeiros a por no ar pela Radio BBC o Rock psicodélico e Progressivo na Inglaterra.

Professor é conhecido e foi influencial também na transposição do Dub para era digital.

Atualmente Professor continua na ativa e até veio na Virada Cultural de SP a alguns anos atrás.

Segue o primeiro álbum original da série, gravado, mixado e produzido por ele em seu, até então, estúdio caseiro em 1982.



EU QUERIA UM PROFESSOR DESSES!!!













Track List:


1. Your Rights / My Rights 4:50
2. Freedom Chant 4:22
3. Ankoko 3:02
4. Dub Power 4:30
5. Zion 3:55
6. Tumble Down 5:47
7. Bucket Brigade 4:11
8. Psychologically Yours 4:25
9. South African Crossfire 1:35
10. Sweet Sweet Victory 3:59
11. Moving Dub 4:14


Personnel:

VOCALS: Tony Benjamin, Sgt Pepper, Errol Sly, Ranking Ann, Davina Stone
BASS: Preacher, Bernard, Deuce
DRUMS: Horsemouth, Errol ‘The General’, Barrington Levine
LEAD GUITAR: Tony Benjamin, Jr. Ebanks
RHYTHM GUITAR: Tony Benjamin, Jr. Ebanks
KEYBOARDS: Sgt Pepper, Flea, Norman ‘Star’ Collins
HORNS: Mad Man Horns
SAX: Steve Gregory
TRUMPET: Tan Tan
PERCUSSION: Tony Benjamin, Leroy Gadd, Mad Professor, Horsemouth

PRODUCED BY: Mad Professor
RECORDED AT: Ariwa Studios
MIXED AT: Ariwa Studios

King Tubby, Prince Jammy & Scientist - Dubwise Revolution (Jamaican Dub/Reggae/Roots 197X)







Olá.



Segue uma pérola rara do DUB.

Se liga só no peso desse álbum: King Tubby, Prince Jammy & Scientist no mesmo disco, fazendo a cabeça de muitos doidos por ai. É isso mesmo, os caras mais f*das do DUB em um só álbum.

Nesse disco podemos "ver" a criatividade, habilidade e insanidade desses caras quando eles assumem os controles, manipulando a mesa de som como se estivessem tocando um instrumento. E põe bem tocado nisso!!

Ambos Prince Jammy e Scientist, foram os braços direitos de Tubby que, por sua vez, os ensinou tudo que sabem hoje. O estilo de mixagem do Tubby é mais "arranjado", sempre com o toque de mágica peculiar de suas mãos. Prince Jammy tem um estilo mais sólido e minimal de mixagem, nada de tão absurdo. O destaque vai para Scientist, que arrancava umas frequências do baixo que ninguém até então tinha conseguido, fora o uso intenso e psicodélico dos efeitos, fazendo reverberar lá no fundo da alma.

Ouça aí!!


KEEP THE DUB COMING...













Track list:

1.Come Dub
2.Iniquity Dub
3.Just One Dub
4.Late Night Dub
5.Ants Nest
6.Holy Dub
7.Crisp Dub
8.Echo Chamber
9.Better Must Dub
10.Big Dub
11.Vanity Dub
12.Bell The Cat Dub
13.Rock A Dub
14.Play On Dub

Mixing Engineer : Scientist & King Tubby

Producer : Prince Jammy

segunda-feira, 18 de maio de 2015

King Tubby Meets The Upsetter At The Grass Roots Of Dub (Jamaican Dub/Reggae/Roots/Instrumental 1975)







Opaa, algo diferente aqui.



Segue álbum que une os caras mais feras do Dub, King Tubby e Lee "Scratch" Perry.

Esse álbum é um dos meus preferidos. Não tem algum outro que se iguale a sonoridade desse.

Bases pesadas, bateria com pratos voadores (Flying Cymbals), trombones tocando como se estivessem suplicando, reverb e delay nos momentos certos, como só esses dois poderiam nos fornecer.

Produzido por Winston Edwards, que em 1974 foi para o Reino Unido e acabou por fazer diversas viagens para a Jamaica trazendo vários sons para que fosse lançados em seu recente lançado selo na Inglaterra.

Aqui podemos ver a criatividade e dissimilitude do som deles.

O lado A, nesse caso as 5 primeiras faixas são remixadas por King Tubby e as outras 5 (lado B), pelo Lee Perry. A sonoridade da remixagem de ambos é um pouco similar nesse álbum, mas são os detalhes que os diferenciam.

Bom mesmo é ouvir isso no vinil.



RUB-A-DUB

















Track List:

01. King Tubby - Blood Of Africa
02. King Tubby - African Roots
03. King Tubby - Rain Roots
04. King Tubby - Wood Roots
05. King Tubby - Luke Lane Rock
06. Lee Perry - People From The Grass Roots
07. Lee Perry - Crime Wave
08. Lee Perry - No Justice For The Poor
09. Lee Perry - 300 Years At The Grass Roots
10. Lee Perry - King Tubby & The Upsetter At Spanish Town

Mixing Engineer : Lee Perry & King Tubby
Producer : Winston Edwards
Studios : Black Ark (Kingston, JA) & King Tubby's (Kingston, JA)

Randy Holden - Population II (US Hard/Acid/Psych 1971)







Eae criançada!! Titio veio com mais uma pra deixar vocês doidões!!


Randy Holden é o nome desse guitarrista virtuoso. Ele veio de outras diversas bandas, incluindo Sons of Adam (Punk/Garage/Psych), The Other Half (Garage/Psych) e até Blue Cheer, no álbum New!! Improved!!, que na minha opinião é muito fraco e a faixa que mais gosto é de autoria dele (Fruits & Iceburgs).

Esse cara recebeu a alcunha de Guitar God, pela sua habilidade e controle total da guitarra. Holden possui um controle total e uso intenso de feedback e faz disso uma de suas marcas.

Quem o acompanha é Chris Lockheed, ex baterista da banda Kak.

Pra você ter uma idéia, 16 amplficadores de 200 watts cada foram usados na gravação desse disco. BEM ALTO, né?!

Devido á problemas com o gerente da banda e pela falta de recursos financeiros, o lançamento foi um fracasso. No entanto, hoje é considerado raríssimo e muito desejado pelos colecionadores de disco.

A Sonoridade do álbum é um Psych Acid Rock pesado e arrastado, com muitos overdubs de guitarra bem loucos e sinistros, pois era uma banda formada apenas pela dupla Randy (Guitarra e vocal) e Chris (Bateria) o que, querendo ou não, limitava um pouco no quesito instrumentação. A estrutura das músicas e riffs não são nada complexos, pelo contrário, bem simples. Mas isso nem influencia tanto assim no som. No geral é um álbum com músicas lentas, porém pesado, o que da a atmosfera sinistra. Logo na faixa de abertura ele canta: "I love the sound of a guitar played". Isso ilustra bem o amor que esse cara tem pela sua guitarra e sua capacidade musical.



SE NÃO FOR OUVIR ISSO NO VOLUME MAXIMO, NEM OUÇA!!









Track List:



1. Guitar Song
2. Fruit & Iceburgs
3. Between Time
4. Fruit & Iceburgs (Conclusion)
5. Blue My Mind
6. Keeper Of The Flame

Personnel:

Randy Holden - Guitar & Vocals
Chris Lockheed - Drums

terça-feira, 12 de maio de 2015

Orang-Utan - S/T (UK Hard/Psych Rock 1971)





Eae cambadaa!! Mais uma da série "Perdidos no Tempo".

Essa banda foi formada em 1970 na Inglaterra a partir de membros de outras bandas boas que estavam em dissolução. O nome da banda original dos integrantes era Hunter, que vem de uma música do Albert King, renomado bluesman da gravadora Stax. A troca do nome foi sugestão do então "empresário" da banda.

Esse álbum foi gravado com uma mesa de som de 16 canais, o que para a época era tecnologia avançada, resultando numa qualidade sonora excepcional e dando mais ênfase na sonoridade e criatividade ferrada dos caras.

O som é um Hard Rock de primeira, com umas batidas quebradas de Blues e um pouco de lisergia e psicodelia nas guitarras chegando a lembrar outras bandas como Free, que tinha um groove pesado.

A obscuridade desse disco é tanta que o disco foi lançado apenas nos EUA e ainda por cima, sem o consentimento dos integrantes, que não receberam um centavo se quer pelas vendas do disco. O segundo guitarrista que saiu da banda logo após a gravação do disco, nem se quer foi creditado.



Pra você ver quando tanto talento caem nas mãos de pessoas erradas.



PEGA ESSA BANANA!!!









Track List:



01 - I Can See Inside Your Head
02 - Slipping Away
03 - Love Queen
04 - Chocolate Piano
05 - If You Leave
06 - Fly Me High
07 - Country Hike
08 - Magic Playground

Personnel:

Jeff Seopardie - Bateria
Paul Roberts - Baixo
Sid Fairman - Guitarra
Mick Clarke - Guitarra
Nobby Clark - Vocais

segunda-feira, 11 de maio de 2015

Felt - S/T (US Prog/Hard/Blues 1971)





Se liga só.


Formada no final da década de 60, essa banda proveniente do Alabama, EUA, tinha como frontman um garoto de 17 anos (na época) de nome Myke Jackson, que compunha, cantava e tocava guitarra que nem gente grande.

A sonoridade do álbum é um Blues Progressivo poderoso contando com com umas faixas mais calmas, outras mais pesadas, mas todas com um trabalho ferrado. É nítido a capacidade musical deles.

Destaque para as faixas Weepin' Mama Blues (F*DIDO), World, Now She's Gone (FERRADA) e Change (Exemplo da Progressividade dos caras). MAS OUÇA TODAS!! RISCO DE SE ENCANTAR!!

Uma banda completa onde o sincronismo dos músicos é impressionante, que é característica de Rock Progressivo, pois no meio da música se muda o andamento e possui arranjos quebrados, fora de compasso mas sem perder e sair do andamento e sem perder a pegada Blues. As teclas dão sempre um sentimento e uma vivacidade no som, junto com os solos alucinantes da guitarra. A bateria na mais perfeita sincronia e o baixo bem trabalhado.

Mais um caso de bandas/artistas que ganham vida através de relançamentos 40 anos depois de seu lançamento original, nos mostrando que não conhecemos nada do que é bom.

Ouça isso e conheça!! Rock do bom.


SINTA ISSO!!!











Track List:

1. Look at the Sun 03:10
2. Now She's Gone 05:29
3. Weepin' Mama Blues 04:41
4. World 05:38
5. Change 10:10
6. Destination 06:41

Personnel:

*Myke Jackson - Guitars
*Mike Neel - Drums
*Tommy Gilstrap - Bass
*Stan Lee - Guitars
*Allan Dalrymple - Keyboards

Black Merda - S/T (US Acid/Psych/Soul/Funk 1970)





Bem, segue uma das primeiras bandas a se auto-intitular "Black Rock", que seria uma mistura de Rock Psicodélico com uma pegada Soul/Funk.

O nome da banda soa engraçado em português, mas vamos deixar algo claro aqui: Merda é uma gíria para Murder (Assassino) em inglês.

Assim como o nome, as letras do álbum tem um cunho social muito forte e tem a ver com o preconceito, pobreza e desigualdade social entre brancos e negros que rolava em Detroit na época (berço da banda) e as condições em que se encontravam o povo negro. Muitos jovens negros acabaram por ser assassinados pela polícia e pela Ku-Klux-Klan em manifestações.

Esses caras eram conhecidos no início como The Soul Agents, que eram a banda de apoio de Edwin Starr e chegaram a tocar até com os Temptations em 1969.

Por gostar do som dos caras, Eddie Kendricks do The Temptations, apresentou-os para Fugi que então gravou seu primeiro e obscuríssimo álbum "Mary, Don't Take Me On No Bad Trip", que é o álbum de minha última postagem antes dessa.

Gostando do resultado do mesmo, Fugi os apresentou para Marshall Chess, que era um dos manda-chuvas da famosíssima Chess Records.

Procurando expandir a sonoridade da Chess, que sempre foi mais conhecida pelo tradicional Blues, Soul e Jazz, e querendo participar mais da cena crescente do Rock Psicodélico e experimentalismo, Marshall assina Black Merda e em 1970 lança o primeiro álbum auto-intitulado Black Merda.

O álbum não emplaca como o esperado, devido á falta de divulgação e mudanças na área administrativa da gravadora. Uma pena.

Depois disso a banda lança outro álbum. Só que agora com nome diferente, que seria "Mer-Da" que também sofre com má divulgação e a banda acaba por mudar pra Califórnia, apoiando Fugi novamente, em turnê.

Você pode não acreditar, mas um fã assíduo dessa banda e sua sonoridade era, ninguém mais e nem menos que Jimi Hendrix.

Mesmo depois de tanto tempo a banda tem hoje fãs em todo o mundo e seus primeiros álbum viraram itens de colecionadores, com o vinil original chegando a custar quase R$ 2.000.

Graças a Intenet, hoje podemos conhecer esses sons que outrora fizeram a cabeça de muita gente. Porém, com o passar do tempo ficaram esquecidos.

Se gostou de minha última postagem [Fugi - Mary, Don't Take Me On No Bad Trip (US Acid/Psych/Soul/Funk 1968)], é certeza que dessa também irá gostar, pois você não vai ouvir coisa muito diferente em relação a sonoridade de ambos.



Black Merda não tem nada de MERDA!!











Track List:

1. Prophet
2. Think of Me
3. Cynthy-Ruth
4. Over And Over
5. Ashamed
6. Reality
7. Windsong
8. Good Luck
9. That's The Way It Goes
10. I Don't Want To Die
11. Set Me Free

Personnel:

Anthony Hawkins – guitar, vocals
VC L. Veasey – bass, vocals
Charles Hawkins – guitar, vocals
Tyrone Hite – drums, vocals

sexta-feira, 8 de maio de 2015

Fugi - Mary, Don't Take Me On No Bad Trip (US Acid/Psych/Soul/Funk 1968)







POR FAVOR, NÃO JULGUE O SOM DESSE CARA COM A CAPA BIZARRA DO ÁLBUM. O SOM VAI TE SURPREENDER MUITO MAIS DO QUE A CAPA!! HuHuahuAH



Sinceramente, não há razões para não gostar disso e muito menos não postar.

É difícil de acreditar como um som desse passa despercebido e só depois de quase 30 anos é lançado. Isso mesmo, esse álbum foi gravado em 1968, porém só lançado em 1996. Se liga na obscuridade.

Esses caras re-inventaram a Psicodelia no Soul/Funk da época. Há quem diga que eles seguem a linha de Hendrix, mas acredito piamente que não. Há sim algumas similaridades. Nessa época, Hendrix ainda seguia a linha do Rock Psicodélico mais puxado pro Blues e o som dos caras aqui é estritamente Soul/Funk Psicodélico com guitarras ácidas por todo lado. Inclusive Black Merda é a banda de apoio desse cara nesse álbum. Digamos que esse álbum é Black Merda mas com os vocais e letras do Fugi, pois quando ouvir o álbum do Black Merda (que postarei em breve) você não vai ouvir coisa muito diferente disso (ainda bem, pois esse som é PANCADA).

Ambos Fugi e Black Merda eram filiados à famosa gravadora Chess Records de Chicago, que lançava os melhores Blues da época (Muddy Waters, Bo Diddley, Litlle Walter, Howlin' Wolf, Etta James, Chuck Berry, entre outros...).

Se liga na pegada do som do vídeo. Essa é a faixa que inicia o disco. Só aí você sente o peso.

As outras faixas variam de uma baladinha Soul deliciosa, para um Funk lisérgico. A solidez do som dos caras garantem uma experiência única.

Não há muitas informações sobre esse cara na internet. Mas hoje há quem curta bastante. Pelo menos em outros poucos lugares em que falam desse disco, só vi os caras falando bem desse som. Mas de qualquer forma, a qualidade artística e criativa deles é indubitável.

Se puder, preste atenção nas letras, pois são muito boas e passam mensagens de boa índole.



Olha, melhor dizendo: CARA, GOSTO MUITO DESSE SOM!!! MAS GOSTO MEEEEESMO!! ESSE TÁ NO MEU RANKING. QUANDO OUÇO ME DÁ ARREPIOS E TENHO A CONVICÇÃO DE QUE VOCÊS APRECIARÃO TAMBÉM TANTO QUANTO EU!!! DESTAQUE PARA TODAS AS FAIXAS, PRINCIPALMENTE "SAVE A LITTLE".



Peço encarecidamente que baixem o álbum no link e depois comentem, por gentileza. Quero saber vossa opinião também. Ahh!! Nesse álbum do download tem faixas bônus que não possuo no vinil. =[



SE O MUNDO CONHECESSE ISSO, NÃO ACEITARIA O QUE ACEITA HOJE!!











Track List:



1. Revelations   5:37
2. Mary, Don't Take Me on No Bad Trip   6:30
3. I'd Rather Be a Blind Man   3:27
4. Can't You Hear Me Call You, Woman   4:27
5. Save A Little   3:33
6. Jo-Jo   4:29
7. **Red Moon   5:54
8. **Sweet Sweet Lady   6:10
9. **Revelations (previously unreleased take) 5:22
** Bonus Tracks


quarta-feira, 6 de maio de 2015

Syl Johnson - Is It Because I'm Black (US Soulful Blues 1970)







Olha aqui!! Se você gosta de hip hop, então é certo de que já ouviu esse cara diversas vezes (inconscientemente).

Syl Johnson hoje é um dos artistas mais sampleados do mundo. Cypress hill, Wu Tang Clan, Public Enemy, Kool G Rap, MC Hammer entre tantos outros já tiraram uma casquinha dos sons desse cara.

Johnson é um músico e tanto. O cara já acompanhou grandes nomes do Blues em seus anos de músico de apoio, entre eles: Jimmy Reed, Junior Wells, Howlin Wolf e tantos outros. Ele foi até vizinho da lenda do Blues, Magic Sam. Só fera!!

Seus álbuns anteriores à esse tinham uma sonoridade mais estritamente Soul. Já os posteriores a pegada era mais Blues, mas sem deixar suas raízes de lado. Sempre fundindo o Soul da Costa Oeste com os arranjos do Soul de Chicago e o Blues tão presente em sua carreira desde o inicio.

Esse álbum abre com a faixa-título que está à disposição no vídeo acima. Umas faixas mais tristes e com uma mensagem social muito forte como a faixa-título, na qual ele expressa todo seu desapontamento e descontentamento em relação à dificuldade de um negro em ser alguém na vida, por causa do preconceito racial que influenciava muito na sociedade daqueles anos. As outras faixas são mais dançantes e funkeadas, que eram a cena na época.

Só sei que esse cara tem meu mais sincero respeito pela qualidade e vitalidade de seu som que é pancada e na época, lhe rendeu grandes sucessos nas paradas americanas. Lá ele é bastante conhecido e respeitado, mas aqui, duvido que seja fácil encontrar quem conheça e goste desse som, porém não é impossível.

Mas é isso.


APRECIEM SEM MODERAÇÃO









Track List:


1. It Is Because I'm Black
2. Come Together
3. Together, Forever
4. Concrete Reservation
5. Black Balloons
6. Walk a Mile in My Shoes
7. I'm Talkin' Bout Freedom
8. Right On

Toni Tornado - Toni Tornado [BR3] (Brazillian Soul/Funk 1971)





Cara, não consigo expressar aqui a minha indignação à respeito da obscuridade desse som.

Apresento a vocês, Toni Tornado. Se já ouviram falar foi na música "Pensamentos" do grupo de Rap SNJ: "...Toni Tornado não esquecerei desse momento que nascemos verdadeiros e desse jeito morreremos..." e já o viram inconscientemente com papéis injustamente pequenos nas novelas da rede "Bobo"!!

Estamos falando de obscuridade brasileira. Só quem viveu nessa época mesmo é quem vai lembrar e conhecer Toni como cantor e dançarino de Soul/Funk Music.

Preste atenção nas letras, pois tem um cunho social muito forte e de boa índole.

Se liga na sonoridade e qualidade do som dele no vídeo, só para ilustrar o poder do som do cara.

A vida de Toni foi bem conturbada: Aos 11 foi para o Rio sozinho tentar a sorte, se virando vendendo doces, chicletes, engraxando sapatos e acabou que por uma época, morou na rua.

Passando se o tempo, Toni se alista no exercito brasileiro, chegando a ir para o Oriente Médio em uma missão. Nisso ele teve um breve contato com soldados norte-americanos que o apresentaram o Rock.

Toni chegou a cantar Rock em uma rádio.

Indo clandestinamente para os EUA,  se viu fortemente influenciado pelo movimento Black Power que atuava na época e todo orgulho negro de ser. Lá se envolveu com traficantes, fazendo bicos e por algum tempo foi até cafetão. Eita!!

Nessa mesma época, conheceu outro brasileiro doido chamado Tião Maconheiro, que hoje conhecemos por Tim Maia. Em um desses tramites, Toni foi pego pela polícia e deportado logo em seguida.

Nesses 6 anos em que viveu em Nova Iorque, teve o prazer e o privilégio de ver Marvin Gaye algumas vezes e James Brown sempre que possível. Inclusive a música de ambos o influenciou grandemente que acabou trazendo esse estilo musical para o Brasil.

Chegando aqui, se apresentou em clubes noturno sob  nome de Tony Checker, pois os donos dos tais queriam que se passasse por estrangeiro, para chamar mais a atenção.

Em 1970, participou do renomado "Festival da Canção", junto com o Trio Ternura e acabou por receber o primeiro lugar com a musica "BR 3" (que veio a ser a mais famosa do cantor) e com sua performance de palco enérgica.

Isso o garantiu contratos com gravadoras e em 1971 lança seu primeiro álbum auto-intitulado "Toni Tornado" que é o que vos ofereço aqui.

Ele teve até uma aparição no programa dos Trapalhões e lá, compartilha com os telespectadores o som que acabara de trazer e suas danças a lá James Brown. Se procurar no ioutubih vai encontrar.

É isso!! Não é muito mas dá uma clareada nessa figura e no som dele que, mais uma vez o tempo deixou de lado.

Logo mais postarei o segundo álbum dele, que também é pedrada.



E QUE NOSSOS JOVENS SAIBAM APRECIAR E CONHECER O QUE REALMENTE É FUNK!! NÃO SÓ ISSO, MAS QUALQUER QUE SEJA O SOM, A IDEIA, A ARTE E A HISTÓRIA!!! MAS DESDE QUE SEJA SOM E NÃO FILME PORNÔ PRA CEGOS!!!





DIGA NÃO AO FANQUE E SIM AO VERDADEIRO FUNK!!!!













Track List:




1. "Juízo Final" 3:14
2. "Não Lhe Quero Mais" 2:54
3. "Dei a Partida" 1:44
4. "Uma Canção pra Arla" 3:13
5. "Breve Loteria" 2:07
6. "Eu Disse Amém" 2:45
7. "BR-3" 3:02
8. "Uma Vida" 2:42
9. "Papai, Não Foi Esse o Mundo que Você Falou" 2:29
10. "Me Libertei" 3:41
11. "O Repórter Informou" 2:04
12. "O Jornaleiro" 1:57






terça-feira, 5 de maio de 2015

Ancient Grease - Woman and Child First (UK Heavy Blues/Hard/Psych Rock 1970)







Eae rapaziada!!! Se liga só nessa banda britânica obscuríssima de 1969/70.

A pegada do som dos caras é um Hard Blues Psicodélico pesadíssimo, com umas faixas mais baladinhas com uma pegada mais folk. Mas o que vale mesmo é tesão!! (??)

O álbum começa logo com um Blues Ácido pesadíssimo. As demais vou deixar pra vocês "verem" com seus próprios ouvidos.

De tanta obscuridade, não se encontra muitas informações da banda. Sabe-se apenas que os integrantes eram de uma banda chamada Strawberry Dust e contaram com ajuda de uma outra banda na gravação do álbum, chamada Eyes of Blue.

É dificl entender como uma banda com um som poderoso e composições originais não obteve o reconhecimento e respeito merecido.

Pelo menos pra alguma coisa a internet presta. Sem ela eu nunca teria conhecido essas pérolas que posto aqui e consequentemente hoje eu estaria ouvindo essas merdas (generalizando legal) que a industria musical atual nos empurra, achando que é música. Mas sem revolta, hein?!

De qualquer forma, curte ai esse som louco e lembre-se:



CONHEÇA E NÃO ESQUEÇA!!











Track List:



1. Freedom Train
2. Don't Want
3. Odd Song
4. Eagle Song
5. Where The Snow Lies Forever
6. Mother Grease The Cat
7. Time To Die
8. Prelude To A Blind Man
9. Mystic Mountain
10. Women And Children First
11. Freedom Train (Alt.Take)

Personnel:
Graham Mortimer (Morty) - Vocals
Graham Williams - Guitar
Jack Bass - Bass
Dick Ferndale - Drums

UFO - Ufo 2 Flying/ One Hour Space Rock (UK Space/Psych/Hard/Acid/Prog Rock 1971)






Opaa!! Segue a segunda escala do voo da viagem espacial extra-veicular pelo túnel do tempo das galaxias perdidas do universo cósmico paralelo dos seres extra-terrestres inter-galáticos . (????)²

Esse álbum seria o úlitmo com essa sonoridade alucinantemente lisérgica.

Ao contrário do álbum anterior, a pegada é mais Space Rock Progressivo, mas nunca abandonando a pegada Blues. Algo que está sempre presente é a Psicodelia e a solidez do Hard.

Nesse álbum temos duas faixas extremamente longas, sendo uma de 18:54 minutos (Star Storm) e a outra quase chegando a 27 minutos (Flying). Mas mesmo assim, não é aquele som que enjoa. Até porque o experimentalismo dos caras estava a flor da pele resultando em um som EXTREMAMENTE VIAJANTE e ainda de fácil audição e muito bom de se ouvir.

Não seja ignorante caso não goste de Rock Progressivo, até porque o som dos caras não é exatamente Progressivo, porém a influência do mesmo é muito mais nítida. Ouça antes de tomar conclusões. Assim como dizia nosso amigo Platão: "A parte que ignoramos é muito maior de que tudo quanto sabemos." É ou não é?? Mas de qualquer forma, gosto é gosto.

Mas está ai o som conforme disse que postaria.



EMBARQUE AQUI









Track List:



1. Silver Bird - 6:54
2. Star Storm - 18:54
3. Prince Kajuku - 3:56
4. The Coming of Prince Kajuku - 3:43
5. Flying - 26:30
All tracks written by Phil Mogg, Mick Bolton, Pete Way and Andy Parker

UFO
*Phil Mogg - Vocals
*Mick Bolton - Guitar
*Pete Way - Bass
*Andy Parker - Drums

Funkadelic - Maggot Brain (US Soul/Psych/Funk/Rock 1971)







Álbum lançado em 1971 e a última peça da trilogia mais pancada do Soul/Funk e a última que compõe todos os integrantes originais da banda desde o álbum e estréia.

 O batera, guitarrista solo, baixista e guitarrista base saem da banda por diversos fatores e descontentamentos com a gestão maluca de George Clinton sobre seus artistas. Nem tudo que é bom é pra sempre, né??!! Mas o bom filho à casa torna e mais pra frente esses mesmos fazem umas aparições nos futuros álbuns da banda.

Bicho, essa faixa do disco que está no vídeo acima é puro Funk Rock quando não existia Funk Rock. Mas o destaque do álbum nem é essa faixa, por mais que seja ferrada também. Olha só!!

O destaque vai para a faixa-título do álbum "Maggot Brain", sem descartar as demais que são pancadas também.

A atmosfera que envolve esse álbum é meio "dark", pelo fato de que o nome "Maggot Brain" surgiu de quando Clinton chegou no estúdio em estado de choque, gritando "Ele tinha vermes na cabeça!! VERMES!!" por ter ido reconhecer o corpo do irmão, que há algum tempo estava desaparecido e foi encontrado assassinado há dias em seu apartamento. Daí o nome "Maggot Brain" (cérebro de verme). Sinistro, hein?!

Deixando de lado esse fato e voltando a dizer da Faixa-Título, conta-se que Clinton disse para o, até então guitarrista solo Eddie Hazel, pra tocar metade da música como se ele tivesse acabado de saber que sua mãe havia morrido e a outra metade como se ele tivesse acordado desse pesadelo e visse que está tudo bem com sua mãe. Que loucura, cara!! QUE LOUCURA!!

Acontece que a performance de Hazel foi tão, mas tão chocante, que Clinton mesmo gravando a música com a banda inteira, deixou apenas a guitarra-base e a guitarra de Hazel e adicionou efeitos de estúdio na música.

Resultado: o solo de guitarra mais psicodélicamente sentimental que já ouvi. Nem mesmo Hendrix conseguiu me atingir como esse cara fez. Hazel usa um fuzzbox e wah wah de uma tal forma, que me levou pra longe, mesmo sem eu sair do lugar.

A faixa Hit It and Quit, podemos ver mais uma vez a magia das teclas de Bernie Worrel e um solo ferrado de Hazel finalizando a faixa.

As outras faixas são bem ecléticas abrangendo Rock Psicodélico, Gospel e Soul/Funk (Claro né?!) que peço a gentileza de baixarem o álbum e ouvirem, como recomendação.

CURIOSIDADE: Tem uma rádio nos EUA que todo sábado, 1:00 da manhã eles tocam a faixa Maggot Brain como um tributo a Eddie Hazel. EU DISSE TODO SÁBADO. Se você quer saber, eu faria o mesmo, pois não encontro em minha cabeça música similar ou melhor que esse solo.

Taí!! Mais uma coleção das loucuras de Clinton e sua prole de artistas e músicos.


NÃO SEJA UM CÉREBRO DE VERME









Track List:



1. Maggot Brain (George Clinton, Eddie Hazel) – 10:20
2. Can You Get to That (Clinton, Ernie Harris) – 2:50
3. Hit It And Quit It (Clinton, Billy Bass Nelson, Garry Shider) – 3:50
4. You and Your Folks, Me and My Folks (Clinton, Judie Jones, Bernie Worrell) – 3:36
5. Super Stupid (Clinton, Hazel, Nelson, Tawl Ross) – 3:57
6. Back in Our Minds (Fuzzy Haskins) – 2:38
7. Wars of Armageddon (Clinton, Tiki Fulwood, Ross, Worrell) – 9:42

Personnel:


*Eddie Hazel - Lead Guitar/Vocals
*Tawl Ross - Rhythm Guitar
*Bernie Worrell - Keyboards/Vocals
*Billy Bass Nelson - Bass
*Tiki Fulwood - Drums
*George Clinton - Vocals
*Fuzzy Haskins - Vocals
*Calvin Simon - Vocals
*Grady Thomas - Vocals
*Ray Davis - Vocals
*Garry Shider - Vocals

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Funkadelic - Free Your Mind... And Your Ass Will Follow (US Soul/Psych/Funk 1970)







Hummmmm!!! Mais um som pirado de Georgo Clinton e sua prole.

Esse é o segundo álbum da banda, lançado alguns meses depois do álbum de "estréia", em 1970.

A atmosfera desse disco não foge nem um pouco do anterior. Ainda o mesmo som lisérgico e pirante, com longas Jams, guitarras voando pra lá e pra cá e bastante efeitos de estúdio.

A sonoridade ilustra bem o objetivo de Clinton ao gravar esse álbum. A proposta era "saber se conseguiríamos gravar um álbum inteiro enquanto viajamos no ácido (LSD)".

E de fato, o título do album, da faixa de abertura e a sonoridade do disco inteiro seguem bem esses preceitos.

Ouvindo o álbum, parece que eles tinham acabado de descobrir o som estéreo, pois você vai ouvir guitarras, vocais e efeitos indo e vindo através dos falantes esquerdo e direito, (estéreo, derrr...) alucinantemente.

Nesse álbum conseguimos conhecer os dons e privilégios do tecladista Bernie Worrel e o longo e frutífero relacionamento com Clinton que estaria por vir.

Nem vou falar muito, pois não quero desviar a atencão de vocês para com o som dos caras. E qualquer coisa que eu tente descrever sobre esse som, será pouco.

Então ouçam e libertem vossa mente que vossos rabos os acompanham. HuhAuheeee



FREE YOUR ASS AND YOUR MIND WILL FOLLOW









Track List:

01. Free Your Mind And Your Ass Will Follow
02. Friday Night, August 14th
03. Funky Dollar Bill
04. I Wanna Know If It's Good To You
05. Some More
06. Eulogy and Light

Personnel:

*Eddie Hazel - Lead Guitar/Vocals
*Tawl Ross - Rhythm Guitar
*Bernie Worrell - Keyboards/Vocals
*Billy Bass Nelson - Bass
*Tiki Fulwood - Drums
*George Clinton - Vocals
*Fuzzy Haskins - Vocals
*Calvin Simon - Vocals
*Grady Thomas - Vocals
*Ray Davis - Vocals
*Garry Shider - Vocals


Funkadelic - Funkadelic (US Soul/Psych/Funk 1970)





Opaaa!! Demorei porque fui buscar algo pra vocês em outra dimensão!!

Bem, esse de fato é um dos melhores álbuns que já ouvi em minha curta vida.

Se você gosta de Black Music e não conhece Funkadelic, então você não sabe o que é Black Music, nem de onde surgiu.

Funkadelic é uma banda de Soul Psicodélico/Funk dos EUA. Esse álbum do post é o de estreia da banda e foi lançado em 1970.

Esse álbum não é literalmente de estréia, pois Funkadelic era na verdade a backing band de um outro grupo de Doo Wop chamado The Parliaments, que ainda por cima fazem os vocais desse disco.

Por razões de brigas de direitos autorais com a gravadora, George Clinton (o cabeça por trás dessa loucura toda) não pôde mais usar o nome The Parliaments e acabou por lançar esse disco usando outro nome, mas com os mesmos integrantes do The Parliaments.

Na época em que esse disco foi lançado ninguém conseguia entender o som dos caras por ser algo totalmente novo. Eles misturavam Soul com um pouquinho Blues e Rock Psicodélico. Mas pensa em um som lisérgico!! Eu mesmo piro toda vez que ouço esse disco.

Longos improvisos que fazem sua mente sair do lugar, bateria alucinante, riffs/solos de guitarras puramente valvuladas que entram na mente, baixo nem se fala e vocais bem exóticos, por exemplo: " O que é Alma?? Alma é uma mosca no seu sucrilhos/Um baseado enrolado em papel higiênico".

O álbum abre com uma fala bem distinta de George: "If you will suck my soul, I'll lick your funky emotions". Nem vou tentar traduzir isso. Só aí você sente a piração dos caras.

 A tão renomada revista Rolling Stone publicou em uma edição na época dizendo: "Quem precisa dessa merda?!" e mal sabiam que Funkadelic/Parliament viriam a ser a maior franquia de Black Music da história, os fazendo mudar de opinião.

Os 3 primeiros discos da Funkadelic são bem mais puxados para um Soul Psicodélico e que se diga de passagem, são os melhores (na minha humilde opinião). Os demais álbuns são mais puramente Funk, com batidas mais polidas e simples, mas sem deixar a loucura dos sons viajantes de lado. Grandes artistas passaram por essas duas bandas, entre eles: Bootsy Collins, Maceo Parker, Fred Wesley, Bernie Worrel (que hoje é o porta-voz dos sintetizadores Moog e fez alguns trabalhos com a banda The Talking Heads) e Eddie Hazel (que inclusive foi considerado o novo "Hendrix" e o melhor guitarrista solo de Funk/Soul).

Mais pra frente, George Clinton conseguiu de volta o nome Parliament. O cara era (era não, é) tão fera que conseguiu manter duas bandas distintas, com nomes distintos, sons distintos, ideologias distintas, porém, com os mesmos integrantes e todo ano com algumas músicas (de ambas as bandas) nas paradas.

Hoje George Clinton é considerado um dos fundadores e desenvolvedores do Funk.

Gente, sei que o que escrevo aqui é bem superficial, mas é o basico. Se se interessarem, por favor pesquisem pois asseguro de que não se arrependerão.

Futuramente vou postar mais sons deles aqui, conforme minha disponibilidade.



P-Funk in Your Pants







Track List:



1. Mommy, What's a Funkadelic?
2. I Bet You
3. Music For My Mother
4. I Got a Thing, You Got a Thing, Everybody's Got a Thing
5. Good Old Music
6. Qualify and Satisfy
7. What is Soul